terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ambiguidades maternas

Se eu soubesse que filho dava tanto trabalho, não tinha nenhum. 
Se eu soubesse que filho era tão bom, já tinha tido uns 10.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

17 meses

Minha pequena vai fazer 17 meses dia 21, sexta-feira agora. Mama no peito, come muito bem e tem uma energia enorme. Depois de fases difíceis (duram em média 5-6 dias), em que ela fica grudada o dia inteiro, chorona (e eu completamente surtada), o bebê renasce outro. Faz coisas que não fazia, como incorporar palavras novas no seu vocabulário, dorme melhor à noite. Os especialistas chamam essas fases de "saltos de desenvolvimento". Aqui explica melhor o que é isso.
Outro fato curioso e que leva muitas mães a interromper a amamentação acreditando que não têm mais leite - na minha epopéia para conseguir amamentar, vi que muitos médicos além de não incentivarem as mulheres a amamentar, ainda desconhecem o tema - são os chamados "picos de crescimento". O bebê no primeiro ano de vida cresce bem rápido, em pouco tempo. Com isso vai mamar muito, bem mais do que de costume, trazendo para a mãe já ansiosa e insegura (rodeada de palpiteiros) a falsa impressão se que seu leite não sustenta. Um mecanismo muito inteligente da natureza é que quanto mais o bebê mama, mais a mãe produz leite. Isso não é lenda. Então é só uma questão de uns diazinhos para a produção de leite da mãe se ajustar à demanda do bebê crescido e guloso. Sobre o assunto na net, eu não encontrei muitos sites em português, só nesse da Pampers. 

Alternativa ao absorvente interno


Estou querendo experimentar esse recipiente que recolhe a menstruação (se assemelha a um copinho). Prático, confortável. O meio-ambiente agradece. 
Mais informações aqui.


Recomeço

Em junho de 2007 veio minha segunda filha. Amamentação quase exclusiva durante os primeiros 6 meses (tive que complementar durante 1 mês usando o método de relactação, onde o bebê continua mamando no peito por meio de uma sonda), sling (tipóia para carregar o bebê), livre demanda, enfim, tudo o que reza a cartilha da exterogestação, quer dizer, a mãe continua a "gestar" o bebê nos primeiros meses de vida, numa relação simbiótica - mas aqui sem a conotação negativa. 
Com o fim da licença-maternidade, não consegui voltar para o trabalho. Nós resolvemos que eu me dedicaria à maternidade até ela completar 1 ano. Eu não pensava em mais nada: diminuição do padrão financeiro, uma certa alienação do mundo adulto por conta da limitação que ficar em casa implica, dificuldade de voltar ao mercado de trabalho. Queria ficar ali, com meu bebê. 
Não acredito em destino, gosto de contar com o acaso e com a sorte, além, claro, do que tenho controle, minhas escolhas, parte que me cabe no rumo da vida. Afinal, mesmo com sorte e acaso, em última instância tudo é escolha. Sou otimista para todos os efeitos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que eu não esperava aquele desfecho. Nada de planejamento, cálculos, previsões, "gerenciamento de riscos". Depois daquela decisão difícil e arriscada, pensava também no leque de oportunidades ela me abriria em contra-partida. 
Hoje, passados 17 meses, o cenário não é tão motivador. Uma crise mundial brava, o mercado deu uma bela esfriada. Meu setor (trabalho com projetos sociais) então, foi um dos mais afetados. Claro que lá trás eu não contava com essa "má sorte". Mas, relembro Kierkegaard para ter um certo reconforto "a vida é finita, mas as possibilidades são infinitas".

Começo...

Quando divago sobre as pequenas coisas do dia-a-dia sempre penso "isso podia dar um post". A partir de agora vou concretizá-los. 
Maternidade, coisas de mulherzinha, crises existenciais, relacionamentos, trabalho...vários assuntos que rodeiam o universo feminino. Não tenho pretensão de ser seguida, mas de refletir em um espaço "neutro": nada de melhor amiga, marido, terapeuta. Quero ser minha própria interlocutora.